sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O vácuo

Porque ele me fez assim.

Porque o tempo me criou.

Porque nunca mais o encontrei.

Porque nunca mais fui assim.

Porque eu notei que vivia, passei a ser diferente.

Porque eu tive medo de mim, passei a ser perigoso.

Porque eu não amei, odeio-me a mim próprio.

Desde a noite do limoeiro ate ao pássaro do rei.

Desde que nunca te vi, logo escuso de te procurar.

Porque sou um miúdo, por dentro já cresci até ao pique.

Porque eu sou sádico, masoquista, e cínico para com as pessoas, a minha negatividade rasgou um sorriso de carnificina pelo meu rosto.

Porque eu choro e grito por dentro, por fora falo e rio como um maníaco.

Com este sorriso encontrei o meu mundo, mas a sua descoberta fez com que ele caísse.

Porque com estas metáforas todas, peço apenas ajuda.

Porque eu tenho objectivo de viver, eu quero-me matar.

Eu não gosto de mim.

E tu?

1 comentário:

  1. Se afirmas que não te amas, não podes amar alguém. Se dizes que por fora não espelhas o que sentes por dentro, estás a ser falso. O teu caminho está trassado mas precisas de vontade de caminhar.

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